quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Brasil tem condições de engatar novo ciclo de crescimento, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deixará o cargo até o fim do ano dando lugar ao economista Joaquim Levy, avaliou nesta quinta-feira (4), que, com o mundo melhorando nos próximos anos, o Brasil tem "plenas condições de engatar o um novo ciclo de crescimento econômico".
Documento divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Planejamento traz novas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2015, a previsão caiu de 2% para 0,8%.Em 2016 e 2017, a estimativa de alta do PIB é de 2% e de 2,3%.
"Quando a crise internacional de 2008 começou estávamos preparado para enfrentá-la. O mercado interno estava vigoroso. Pela primeira vez, o Brasil não tombou diante de uma crise internacional. Enquanto muitos países trilharam o tortuoso caminho da ortodoxia, tomamos o caminho da política economica anticíclica [de queda do esforço fiscal e aumento de gastos públicos]", declarou Mantega, antes de receber homenagem no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em Brasília.
O ministro da Fazenda disse ainda que o Brasil é um "país sólido e respeitado". "[É] um dos principais protagonistas no cenário internacional. Nos anos 2000, entramos com a condição muito delicada, com pouco mais de US$ 18 bilhões de reservas próprias que mal davam para pagar as importações. Estávamos de pires na mão, pedindo a benção do FMI. Naquela época, faltava emprego", afirmou ele.
De acordo com Mantega, o governo realizou, então, uma "combinação inédita" naquele momento. "Uma política econômica social, que combinou o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], política industrial, Minha Casa Minha vida e Bolsa Família", afirmou.
Segundo ele, enquanto "milhões de trabalhadores perdiam seus empregos nos Estados Unidos e na Europa, aqui no Brasil, o emprego e a renda continuava a aumentar". "Sem sombra de dúvidas, o meu maior orgulho é ter livrado o Brasil da crise internacional de 2008 e de entregar o país com a menor taxa de desemprego da história", concluiu Mantega.

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