domingo, 7 de dezembro de 2014

Alckmin defende presidente da CPTM indiciado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse neste sábado (6) que Mário Bandeira, o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) indiciado pela PF (Polícia Federal) por suspeita de fraude no cartel metroferroviário no Estado é "uma pessoa extremamente respeitada" e que é preciso "cuidado para não se fazer injustiça com as pessoas".

Bandeira é um dos 33 indiciados pela PF no inquérito que investigou o cartel entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin — todos do PSDB. Na sexta-feira (5), o promotor Marcelo Milani, que subscreveu a ação ao lado de outros três promotores do Ministério Público Estadual,havia defendido o afastamento do dirigente.
— Eu não acho, eu tenho certeza (de que Bandeira deveria ser afastado). Mas eu não sou o governador do Estado. Eu sou promotor.
A ação por eles anunciada, baseada em três inquéritos, pede a dissolução de 11 empresas sob suspeita de cartel e o ressarcimento de R$ 418,3 milhões aos cofres públicos.
O tom do governador, ao defender o subordinado, foi firme, mas cauteloso.
— Precisamos analisar com cuidado. O doutor Bandeira é metroviário desde 1973, tem 41 anos de serviço público, é pessoa extremamente respeitada. Já pedimos toda a documentação do MP, vamos verificar com cuidado para não fazer injustiça.
Entre os 33 indiciados pela PF está também o diretor de operações da CPTM, José Luís Lavorente — os dois são os únicos da lista ainda em seus cargos. Os outros 31 incluem doleiros, ex-funcionários do governo, empresários e executivos das multinacionais que teriam participado do conluio para obter contratos no Metrô e na CPTM.
As 11 empresas cuja dissolução é pedida pela ação civil do MP são a Siemens, Alstom, Bombardier, Mitsui, CAF espanhola, CAF brasileira, TTrans, MGE, Temoinsa, Tejofran e MPE. Todas elas negam as irregularidades.

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